29/12/2009

Setor aéreo cresce até 12% em 2010, afirma presidente da TAM

'Mercado brasileiro está forte e bem posicionado', diz Líbano Barroso. TAM oficializou a presidência da companhia ao executivo.
Por Valor Online

O setor aéreo brasileiro deverá apresentar um crescimento entre 10% e 12% em termos de volume de passageiros no próximo ano. A projeção é de Líbano Miranda Barroso, confirmado segunda-feira (28) como presidente da TAM.

Na opinião do executivo, o mercado de aviação brasileiro está forte e bem posicionado mundialmente, o que faz com que os desafios do seu cargo se concentrem em preparar a empresa para o crescimento do setor.

Em entrevista ao Valor, Barroso afirmou que a companhia aérea prevê uma expansão de 5% a 6% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2010. Historicamente, o setor apresenta expansão de cerca de duas vezes a do país. "A TAM pretende acompanhar o forte crescimento que prevemos para o Brasil nos próximos 20 anos", disse o executivo.

Para isso, Barroso destacou o plano de aliar o foco de aviação da empresa a outros negócios. Tendo destaque na criação dessa estratégia, Barroso indicou que pretende dar continuidade a esses tipos de projetos, como o centro de manutenção de aeronaves da TAM, a TAM Viagens, o Multiplus Fidelidade, além da área de cargas da companhia.

"Estamos desenvolvendo um grupo que atua em diversos negócios. Para isso, faremos muitos investimentos ao longo dos próximos anos", prometeu.

No início da tarde de hoje, a TAM confirmou a decisão do Conselho de Administração de oficializar a presidência da companhia a Barroso. Desde 9 de outubro, quando o então presidente da empresa, David Barioni Neto, anunciou sua saída do grupo, Barroso ocupava interinamente o cargo, em concomitância com a vice-presidência de Finanças.

Em novembro, o Conselho anunciou o início oficial da sua discussão sobre a sucessão presidencial da TAM. Vários nomes foram sugeridos pelo mercado como possíveis candidatos ao cargo, dentre os quais estavam João Cox, presidente da operadora de telefonia Claro, e o executivo Ricardo Knoepfelmacher (ou Ricardo K.), ex-presidente da Brasil Telecom.

"Ao longo desse tempo o grupo fez as avaliações. O período (de interinidade) foi compatível com a visão sobre os objetivos da companhia. O tempo de interinidade deve ser curto para não ocorrer uma descontinuidade do negócio", explicou o executivo.

Barroso continuará acumulando a presidência e o cargo de vice-presidente de Finanças, mas esta situação será transitória, segundo afirmou. "Definiremos algum nome para o cargo em breve. Avaliamos opções internas e externas", disse, sem no entanto, dar mais detalhes.